O primeiro e grande princípio da RGT – regeneração tecidual guiada, é o isolamento da área a ser regenerada, impedindo o aporte de células indesejáveis e, no caso da cavidade oral, também de micro-organismos. Para que isso ocorra, a membrana tem de ser totalmente oclusiva e ainda conseguir um selamento periférico eficaz.
Lundgren, Sennerby e Nymam, precursores e criadores das bases da ROG- regeneração óssea guiada, afirmaram que, “apesar de desde os primeiros trabalhos de regeneração guiada tecidual ter se preconizado o uso de membranas perfuradas, este trabalho demonstrou que nos casos de formação óssea, além do esqueleto, só se obtém resultados previsíveis com membranas totalmente oclusivas”. (Lundgren D, Lundgren AK, Sennerby L, Nyman S. Augmentation of intramembraneous bone beyond the skeletal envelop using an occlusive titanium barrier. An experimental study in the rabbit. Clin Oral Implants Res 1995; 6(2):67-72).
As membranas porosas que afirmam terem poros seletivos, deixando passar por eles só o que se deseja, cometem um grave equívoco, enganando, pois não é verdade, mas apenas apelo comercial. Ainda não existe nenhum produto que possa selecionar o que passa por ele dessa maneira: Deixar passar células desejáveis como as CMND, pré-osteoblastos, etc., e impedir células do tecido conjuntivo fibroso, epitelial, ou bactérias.
As bactérias são menores do que estas células e, portanto, na verdade, passam pelos poros com maior facilidade. Não há nenhuma evidência documentada dessa condição até o momento, é somente argumento comercial equivocado, sem fundamento científico.